sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P10375: Até os mortos são roubados!... Desaparece lápide em bronze com os nomes dos 13 combatentes de Monção mortos na guerra colonial (Carlos Pinheiro)

Guiné 63/74 - P10368: Caderno de notas de um mais velho (Antº Rosinha) (24): África subsariana: As ex-colónias neocolonizadas, as ex-colónias abandonadas e os caso da Guiné-Bissau, Gãmbia e Casamansa... É preciso salvar a Guiné-Bissau

Prezados amigos guineenses e camaradas ex-combatentes:
No seguimento de alguns comentários feitos, cuja interpretação pode ser vista de vários angulos se, não houver uma pré-explicação no sentido apropriado, permitam-me referir um desses comentários mais recente sobre o título acima, bem como opinião expressa pelo camarada Abreu dos Santos seguida de um comentário "interpretativo" do mesmo comentário.

Assim, ao amigo Cherno, creio ser oportuno dizer - peleo menos em meu nome - que, se por acaso compartilhar amesma opinião de "ser necessário salvar a Guiné", de modo amanter-se "lusofona", nunca, nos dias de hoje, seria a insinuar que a ideia era de m"voltar atrás ao tempo salazarista, com ocupação injusta e mais injusta a forma como algumas populações foram tratadas. De facto, o "termo" manter a lusofonia na Guiné, é isso mesmo..."manter" o elo de ligação de 500 anos ou coisa parecida - dando todo o apoio necessário abertamente, sem vergonha ou sem medo das reacções francofonas -origem (quanto a mim) de muitos problemas na Guiné. Já se sabe que a Guiné é um país pobre mas, como diz o ditado, "vale mais morroe com honra do que viver sem ela" pelo que, qualquer refer~encia feita no sentido de "salvar a lusofonia" nunca seria - de certeza creio eu -  a insinuar qualquer ocupação. Bem, creio que aqui já esá o meu ponto de vista bem claro que espero seja e tivesse sido a ideia dos comentários feitos anteriormente por A. Rosinha.

Agora, voltando a "influência" interna...por parte dos países limitrofes (Senegal e G-Conacri) convem estarem bem alerta nesse sentido - tanto Guineenses como todos os amigos do Povo da Guiné-Bissau - que desde longa data sempre existiu a ideia de repartir a Guiné Bissau entre Senagal e Guiné Conacri.

Sobre este ponmto, eu até iria mais além a em afirmar que neste ponto "político da região" o Seku e o Senghor, embora não se dessem muito bem pessoalmente no dia-a-dia dos afazeres dos 2 países, neste último estavam não só de acordo como fomentavam nos bastidores (com o apoio da França) para que tal acontecesse.

Ora bem! A região de Cassine, pertenceu em tempos ao que hoje é Guiné (conacri, mas qualquer futura referência só será Guiné) e Casamança pertenceu á Guiné-Bissau.

Amilcar Cabral e o PAIGC, alem de lutarem contra os portugueses, tinham o dilema de ter que acomodar as ideias dos dois lados...se quisesse receber apoio logistico no outro lado da fronteira.

Seku via por um canudo...a futura recuperação de Cassine e Senghor via por um canudo também, um futuro conflito entre a Guiné-Bissau e senegal, mais amais perante a existência de movimento de reinvindicação de independência, por parte da grande maioria da população de Casamança (mesma etnia que da Guiné). Incluindo a Gambia, cuja população também esta devidida entre a mesam e Casamança.

Assim...quem sabe se até não estará aqui o "segredo da abelha" em deslindar o mistério sobre "Quem, como e porquê...matou Amilcar Cabral?

O que sim sei...foi que um dos acusados involvidos na morte de AC trabalhava comigo. Só dizia bem do AC e, como tal, duvido muito que intencionasse tal acto. recordar-se-ao noutra mensagem (já há bastante tempo) ter referido que Momo Turé trabalhou no Restaurante "O Pelicano", onde eu era encarregado. Antes, trabalhamos também no Grande Hotel, em Bissau.

Não compareceu ao trabalho no dia seguinte ao dia da folga (de todo o pessoal) e, nesse mesmo dia, deu uma festa na casa dele situada no célebre bairro do "Pilão".

Portanto, como já foi dito antes, não acredito que AC fosse morto somente porque Momo e outros assim o ditaram. Algo mais poderoso, com objectivos mais profundos, levou á sua morte. Ele não alinhava no comprimisso de devolver a região de Cassine, sem garantias de rehaver a região de Casamança.

Portanto...para o Senegal, nunca seria aceitável perdfer o "verdadeiro" celeiro do país, já que na maior parte não é propício a agricultura e, como tal, asolução mais lógica e mais fácil para ambos os lados, seria e é, a divisão do país em dois. Dificil? Abertamente com armas será! Mas, com "jogos geopolíticos estratégicos" e influências de vária ordem...pouco a pouco, tudo é possível.

Assim, para bem do povo da Guiné - incluindo o nosso amigo Cherno, se existe algum lado bom da presença de Portugal, uma delas é o carinho e a misade que nutro pelo povo da Guiné - vivi lá 14 anos e meio e onde nasceu aminha uinica filha. Lá passei os melhores momentos da minha vida (alguns maus também) que, apesar de quase 30 anos de EUA, ainda estou para ter um dia igual aos melhores passdos na Guiné.

Foi lá que quase acabava com o namoro da que é hoje minha mulher...porque fiquei "cégo" por uma bajuda, sobre a qual fiz um poema que compartilho mais uma vez.

Assim, termino com um abraço a todos Amigos Guineenses, e amigos camaradas. 

                                                         Rosa…a “bajuda” da marmita!

(Por: Mário Tito)
 
I

De “ebónica” pele, que reluzia

Cintilando ao Sol, durante o dia

Era tudo, aquilo que eu queria

A cada momento de fantasia.

O corpo dela, que eu só via!

II

Rosa, a bajuda da marmita

De melancólico olhar, mas bonita

Sorrindo amplamente, sem fazer fita

Elegante, desenvolta, toda catita

Como era linda, a bajuda da marmita!

III

Às horas do almoço ou do jantar

Lá vinha ela, elegantemente a caminhar

De marmita na mão, para nela carregar

O sustento de alguém, que estava a esperar

Que ela voltasse, sem muito tardar!

IV

Era linda, a bajuda – Rosa - de nome seu

Seu corpo esbelto, queria que fosse meu

Sempre alegre…até que, um dia sucedeu

Não querendo dizer o que lhe aconteceu

Ela, chorando, um beijo na face me deu!

V

Foi só isso e nada mais...

Não apareceu jamais!

VI

Até que, nove meses ou oito e meio

Um “mulatinho” ao mundo veio

E, não sendo meu, um tal anseio…

Que, quisera eu, estar pelo meio

Mas era tarde, para tal devaneio!

VII

Tive pena dela, a Bajuda da marmita, a tremer

Que, quiçá, sem ela querer

A seu “amo”, teve que se submeter

Por medo, ou algo que não quisera dizer

Mas, fosse o que fosse, teve que ser!

VIII

Eu, era eu, o Cabo da Messe!

Ela, era ela…Rosa, a “bajuda da marmita”!
 
Abraço fraterno a todos.

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